Friday, February 08, 2008

Aproveitando a Bio-Energia do Movimento


















Divulgando a cultura científica


08/02/2008










































Cientistas
criam dispositivo baseado no princípio de automóveis híbridos para
gerar eletricidade a partir de movimentos do corpo humano. Uma
caminhada leve é suficiente para operar dez celulares ao mesmo tempo (divulgação)






Divulgação Científica



Caminhada energética





08/02/2008







Agência FAPESP
– Acabou a bateria do celular, do tocador MP3 ou do GPS? Que tal
recarregar aparelhos eletrônicos sem precisar voltar para casa, usar
uma tomada e esperar? Melhor ainda: que tal fazer isso no meio da rua,
enquanto caminha e usa energia gerada pelos próprios movimentos do
corpo?


A novidade está descrita na edição desta sexta-feira (8/2) da revista Science.
Um grupo de cientistas de laboratórios nos Estados Unidos e Canadá
desenvolveu um dispositivo para ser instalado nas pernas e que gera
eletricidade enquanto o usuário caminha.


Da mesma forma que os automóveis híbridos acumulam energia dissipada ao
pisar nos freios – e a “reciclam” para uso no deslocamento do veículo
–, o dispositivo armazena parte da energia cinética dos movimentos das
pernas.


Instalados nas duas pernas, os equipamentos geram 5 watts de
eletricidade durante caminhadas leves. Energia suficiente para fazer
funcionar dez celulares simultaneamente ou os laptops de baixo custo
que estão sendo testados em países em desenvolvimento. Ao correr, a
energia produzida chegou a 54 watts.


“O fato é que há muita energia disponível em vários locais do corpo
humano e que pode ser convertida em eletricidade. O joelho, por
exemplo, é um dos melhores pontos”, disse Arthur Kuo, da Universidade
de Michigan, um dos autores do estudo.

Os pesquisadores testaram dispositivos em seis voluntários.
Cada aparelho era composto por um pequeno motor montado em um chassi de
alumínio, com gerador, correias, potenciômetros e conectores. Somados
às bandas de borracha para fixar na perna, resultaram em um peso de 1,6
quilo cada um.


“O objetivo era demonstrar o conceito. O protótipo é desajeitado e
pesado e afeta o modo de andar, mas esperamos melhorá-lo de modo que
seja mais fácil de usar e mais eficiente na geração de energia”, disse
Kuo.


Segundo os pesquisadores, além de servir como fonte de eletricidade em
locais remotos, a tecnologia tem potencial para ser empregada no
funcionamento de próteses robotizadas. Outros usos estariam em bombas
de insulina implantadas ou para diminuir o fardo de soldados, que não
precisariam carregar pesadas baterias de modo a operar dispositivos
eletrônicos cada vez mais comuns em campos de combate.


O artigo Biomechanical energy harvesting: generating electricity during walking with minimal user effort, de J.M. Donelan e outros, pode ser lido por assinantes da Science em www.sciencemag.org.



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