Sunday, January 24, 2021

'LOBOTOMIA JÁ!" ÚNICO MODO DE TRATAR BOLSONARO? - YouTube

'LOBOTOMIA JÁ!" ÚNICO MODO DE TRATAR BOLSONARO? - YouTube



Meu comentário.

É o mesmo mecanismo usado pelo Edu Moleira ao dizer que o mal são as 5 ou 6 famílias, gananciosas, que controlam os bancos, e não o sistema financeiro, o Capitalismo. Enquanto culpa os indivíduos ele se isenta, se santifica, e ao sistema Capitalista, pois ele é cristão, rico, mas de bom coração, não é egoísta ou ganancioso. Edu Moreira é dos 70% do campo progressista, ele é o representante do Capitalismo Progressista, que é (espanto!), o neoliberalismo mitigado. O Edu Moleira quer manter o sistema como é/está e pensa que doutrinando os trabalhadores a investir, vai converter todos em capitalistas de sucesso, investidores das bolsas de valores, e assim, ele criaria uma pseudo sociedade-de-bem-estar baseada somente em Capital fictício e, em simultâneo, validando o conceito de exploradores de si mesmos (empreendedorismo) dos "coaches" neoliberais. O pior é que há toda uma esquerda vendida, classe média, que comprou o conceito e entregou todos os direitos dos trabalhadores nas mãos desses neoliberais. Uma "esquerda cirandeira" que se confunde, irmana, com essa "direita progressista".

Wednesday, October 28, 2020

Desbanalizando o olhar.

Experiência própria vivida hoje: na fila de um hospital do SUS onde fiz, há alguns dias, a minha segunda operação de catarata e correção de miopia, de 9 graus para 0,25.

O mundo sem a catarata e sem miopia tem mais nitidez, as cores mudam o redshift, mas as relações entre as cores continuam valendo. Vou poder continuar pintando.

Mais do que pintar, pintar é observar, é desbanalizar o banal.

O que muda efetivamente é que antes eu via um mundo liso, sem rugas ou vincos, sem distinção de faces, um mundo de sombras platônicas que me deixavam indiferente, não havia sentido em olhar, o olho desviava do olhar invisível do Outro, pois cada Outro parecia o mesmo, era apenas outro qualquer, um som de voz, uma direção, um movimento ritmado do corpo, um gesto pessoal.

Hoje percebi como é importante enxergarmos as coisas e os outros em suas diferenças individuais, como suas caricaturas trazem à vida características que são fundamentais para a compreensão da diferença do Outro.

Hoje vivi a emoção de ver o olhar desalentado, a lágrima, a pele negra, a branca amarela parda, os olhares acima das máscaras, os olhos, as rugas, os cabelos brancos, pintados, ausentes, os tecidos das vestes, esmaecidos, vívidos, banais, sapatos novos ou gastos, os calos das mãos que antes só poderia experimentar no aperto improvável do toque, hoje vi, depois de anos, o tremor das mãos e do corpo, no frio da madrugada, no gesto de levar o lenço aos olhos, que antes me eram imperceptíveis. Amaciados. Amortecidos.

Estamos vivendo em um mundo de deficientes visuais crônicos, estamos todos com cataratas em nossas mentes, nada mais nos desbanaliza, vivemos na procura do explícito, do pornográfico, do que nos afeta violentamente, da própria violência, das fortes emoções que, ao final, nós também banalizamos.

O saber não é suficiente, o discurso filosófico não é suficiente. A vida tem que ser vivida.

Precisamos de um bisturi de ultrassom ou um martelete hidráulico para desobstruir nossa visão.

Eu tive a sorte de poder sentir, neste instante ínfimo de arrebatamento, literalmente, meu mundo expandir. A eternidade num instante.

Como diria Joseph Campbell, viver a experiência arrebatadora de estar vivo.

Sunday, September 27, 2020

Des-deslumbramento

O Capitalismo deserotiza o ser humano e o mundo e o pornifica.

A deserotização é o des-deslumbramento da nossa realidade. Esta eu "criei", mas me parece explicar, num primeiro momento, o conceito.

Thursday, September 10, 2020

Post não postado em Beyond the Trailer.

Post não postado em Beyond the Trailer.

A Pequena Sereia é um conto Dinamarquês que foi apropriado, e expropriado, pela Disney. Hoje, como é retratado pela Disney, já não representa o povo Dinamarquês (branco, europeu), representa os interesses financeiros das corporações capitalistas. A representatividade é importante para que uma cultura se reconheça. Faz sentido que em uma comunidade latina, numa comunidade negra, os atores e os personagens sejam adaptados e o público se reconheça, mas, ao nível mundial seria melhor que todos os identitarismos fascistas fossem esquecidos. Ao invés da hiper identidade e hiper representatividade, raça, credo, gênero, etc., deveríamos, no cinema hoje, como no teatro da antiguidade, usar máscaras, ver além do rosto do ator, para identificarmos o personagem, o papel que ele representa. E, na sociedade, sermos todos iguais perante as leis.

 

Monday, July 27, 2020

Ah! E o Tio Patinhas é o culpado pelo neoliberalismo.

      Comentário a um vídeo do Meteoro sobre o meme do pernalonga de batom.


       Vocês (usando o mesmo discurso que a Damares com as "princesas lésbicas") estão se tornando excelentes na tática do cancelamento de reputações.
       Analisam três desenhos de uma produção, que só do Avery tinha 50 curtas, e seu público, vemos nos comentários, se convence de que o Pernalonga é o culpado por todos os males do mundo atual e passam a odiá-lo, e nós, que assistíamos aos desenhos, passamos a ser, então, racistas, xenófobos, violentos e crossdresser.
       O mundo está explicado. As pessoas foram educadas a odiar pelo Pernalonga e como eu assisti, eu sou uma pessoa horrível e tenho que me arrepender e me tornar gado.
       Nem sequer consideram explicar as circunstâncias históricas em que os desenhos foram produzidos. Que função tinham no esforço de propaganda de guerra! Que alguns foram encomendados pelos militares e podem não representar a visão de quem produziu.
       O mesmo vale para todos os filmes de guerra? Casablanca é de 42 e mostra os Nazistas prepotentes (estereotipados?) e a Resistência Francesa, belos e corajosos numa batalha ideológica em uma zona neutra.
       Vamos cancelar tudo o que se produziu antes e durante a II G.G. e esquecer, pelo que se combateu e a quem, em nome de um politicamente correto que faz mimimi com estereótipos.
       O mesmo vale para os personagens de quadrinhos criados por artistas judeus como Kirby, que mesmo antes da entrada dos E.U.A. na Guerra, faziam propaganda anti fascista ao combater os nazistas, como Capitão América e outros?
       Melhor seria, segundo vocês, que nunca tivesse havido o combate ao Eixo, Hitler, Mussolini ou ao Japão se o preço a pagar foi o de legar desenhos que não preenchem a pauta identitária?
       Se juntarmos trechos de três de seus vídeos, e fizermos uma edição tendenciosa será que não podemos induzir as pessoas a acreditarem que vocês estão manipulando de forma identitária seu conteúdo?
       Ah! E o Tio Patinhas é o culpado pelo neoliberalismo.


      https://www.youtube.com/watch?v=xn06HETfzTg

Friday, July 24, 2020

A mulher trabalhadora não tem lugar no identitarismo classe média.

      Um vídeo excelente (do meu ponto de vista), mas que você
pode perder se for preconceituoso e acreditar na
campanha de descrédito contra o professor Ghiraldelli.

      Aceite o desafio de assistir e se você acha, realmente, que
Ghiraldelli é misógino e machista, e pensa que ele não tem noção
do que estes adjetivos significam, que ele nunca refletiu sobre
esses temas a partir do seu conhecimento filosófico e sua vivência
e acredita que o identitarismo é a resposta para os problemas do Brasil
mesmo ao custo de matar o povo trabalhador que não se enquadra
nos seus padrões classe média exploradora, mas,
também alienada e explorada.

      O vídeo é construído a partir e como uma resposta filosófica
aos desafios levantados pela campanha de difamação em curso e levanta
uma pletora de conhecimentos que vai de Kant, passando por Judith Butler,
Simone de Beauvoir e outras mulheres maravilhosas que pensaram o papel
das mulheres dentro de uma sociedade, não machista, que é um sintoma,
porém, capitalista.

      Um vídeo que convida homens e mulheres a conhecerem o trabalho teórico
de feministas históricas (as já citadas) que pensaram o modelo socioeconômico
mais amplo e o lugar da mulher neste mundo que o identitarismo atual,
proposital e ideologicamente esconde.

https://www.youtube.com/watch?v=4ZFtzF6Ab3w

     
Faltou eu falar que o vídeo se destina à esquerda identitária os chamados cirandeiros, os que se dizem do "campo progressista"
mas são liberais disfarçados, alienados e a serviço do sistema.

Thursday, July 23, 2020

Tentando explicar sem ofender. O identitarismo.

Não sei da sua experiência, se foi pessoalmente assistindo aos vídeos ou por terceiros, e você pode ou não acreditar em mim, mas tenho certeza de que ele não é misógino nem nada das outras coisas de que o acusam.

Em geral, o que acontece é que ele usa frases de filósofos para demonstrar como eles desenvolviam suas ideias e suas argumentações, as artimanhas para chamar a atenção.

A maioria desses exemplos foi tirada do contexto e usada, primeiramente pelos discípulos do Olavo de Carvalho durante a última eleição, e estão sendo usadas, agora, por um grupo de Youtubers que se dizem do "campo progressista", ou seja, na minha opinião, liberais disfarçados de esquerda que o Paulo vem denunciando, pois, considera que sejam danosos para a nossa educação política.

A briga não é pelo que o Ghiraldelli faz ou deixa de fazer, mas pelos temas que ele aborda e que eles não tocam: o projeto de reforma neoliberal do Guedes.

Para o professor Paulo, o Bolsonaro é só uma distração mortal e deve ser retirado, mas a questão é maior e se refere ao sucateamento da República e do Estado e ele está acompanhado nestas questões por pessoas como a Fatorelli da "Auditoria Cidadã da Dívida", pelo professor Dowbor, economista que teve participação em diversos comitês da ONU e outros que são, também eles, desacreditados pelos liberais.

Nos últimos dias fui acusado de ser machista por defender o professor Ghiraldelli e as suas objeções a ele, são as que mais leio das mulheres.

Estou meio escaldado, pois uma das moças que comentou em um vídeo usou a frase:

"- E nem venha com a argumentação de que mulher não entende de filosofia" e que deve ser um argumento masculino que ela estava acostumada a ouvir (e que eu não usei).

Posso indicar um vídeo em que o professor Ghiraldelli explica uma frase, aparentemente grosseira, retirada de um aforismo do filósofo Nietzsche? Isto talvez possa contextualizar melhor a metodologia dele.

Se não. Paciência. Quando repasso os vídeos do Ghiraldelli é porque penso que o sistema Capitalista, a social-democracia e a democracia representativa já não tem mais lugar e precisamos pensar em algo novo e isto é muito difícil sem uma população pensante e uma hegemonia de intenções de mudar o mundo e isto só será possível com estudo e participação.

O vídeo que proponho é o seguinte e o seu título é provocativo (prometo que não é misógino, vale à pena), se aceitar a missão de assisti-lo este texto se destruirá em cinco... quatro... três... dois...

https://www.youtube.com/watch?v=95VwIlJP7j4







Se alguém se diz do "campo progressista", desconfie.

  Se alguém se diz do "campo progressista", desconfie, está dizendo:

      - "Direita fingindo ser de esquerda".

      Você pode, ou não, estar por dentro do ataque que sofreu o
Paulo Ghiraldelli nas redes sociais visando atingir seu canal.

      O canal estava crescendo, mas esse não é o motivo do ataque.

      Estava crescendo enquanto questionava, não só, o bostaneiro
desgovernante (como esses outros canais), mas, principalmente,
questionava diretamente o projeto econômico do JeGuedes
e suas reformas, que visam tirar direitos, aumentar impostos
para a classe média e baixa, proteger os bancos e o jogo financeiro,
lotear os serviços públicos do Estado para a iniciativa privada e, pior,
financiando esta privatização com dinheiro público do B.N.D.S.!

      O projeto neoliberal que levou o Bostaneiro ao poder, depende
do seu ministro e suas maquinações contra o povo, mas, percebam
que isso nunca é tema desta mídia pelega, dita do "campo progressista",
mas que é uma esquerda cirandeira, pois gira entorno de si mesma e
não sai do lugar, enquanto aposta nas eleições de 2022 para
chegar ao poder.

      O ataque foi farsesco, pois quem vai acreditar que os tais Youtubers
estão reagindo ao fato do Ghiraldelli "ser um grosso, que faz piadas machistas,
que faz caricaturas ofensivas, usa apelidos para caracterizar seus 'desafetos',
que desrespeita as mulheres, que é invejoso" e outras besteiras de que me esqueci.

      Se você quiser e tiver tempo de assistir ao video talvez essa questão
e o que está em jogo fique claro e os objetivos deste grupo de Youtubers
liberais fingindo-se de Youtubers do "campo progressista" (liberais de direita)
se esclareça.

      Se assistir até o fim, fique de olho para ver o que acontece daqui a algum tempo, e veja se as previsões do professor Ghiraldelli se realizam.

      Enquanto isso, ele continua no canal e você pode assistir as "aulas" e até
conhecer alguns dos inscritos, através de vídeos de apoio que eles mandaram.






SIGAM O CAPITAL.


       Alguém ainda é inocente de acreditar que estes canais de pseudo esquerda estão mesmo preocupados pelo fato de o Ghiraldelli ser ofensivo ou machista, ou do que quer que o acusem? "Sigam o Capital", é o que move o mundo dos YouTubers da pseudo esquerda.

       Queria ver alguém aguentar assistir, durante uma semana (eu aguentei um dia), toda tarde, de Bagulho, de 171, de Piolho, este (Carlito) e outros afiliados, os canaizinhos.

      Acompanhei um canal iniciante por algum tempo, enquanto ia de centenas para alguns milhares de inscritos, o YouTuber pedindo para dar "Like", para o público se inscrever, canais que precisam crescer para monetizar no YouTube e, também, como o criador do site confessou certa vez, para poder fazer parte dessa rede de canais de esquerda sustentada por partido, quando o canal ganharia mais qualidade.

       Falta informação, é só titulo isca, tipo "Agora o Bolsonaro cai!", "Dessa semana ele não passa", "General confessa que foi golpe", "Bolsonaro confessou", etc.

       É o espetáculo da direita para seus gados, copiado pela pseudo esquerda para fazer gado de esquerda se sentir esperançoso e ficar quieto mais algumas horas. São “shows” como os de Silvio Santos, Datena ou esses de domingo no canal da IURD, que nunca entregam o que prometem, só querem manter sua atenção pelo maior tempo possível para que o YouTube possa vender os espaços comerciais para seus anunciantes.

       Ninguém precisa gostar do professor Ghiraldelli mas o que vejo nestes comentários sobre inveja, machismo e outras besteiras são fruto da burrice, da canalhice e da preguiça intelectual, preguiça de assistir ao vídeo completo, gente que só lê título, gente que pensa que quando ele cita num texto que "as mulheres querem 'bastone'" ele está sendo sem-vergonha, quando, na verdade, ele está citando Nietzsche, Nietzsche que está citando as novelas românticas italianas do período, novelas que influenciaram até Freud a pensar sobre a tema do histerismo feminino na sua época (se alguém aqui não for preguiçoso há dois links abaixo.

       O ataque ao Ghiraldelli é fruto do medo da perda financeira destes canais de pseudo esquerda quando alguém denuncia a sua conversa para os bois da esquerda dormir.

Aviso: o texto de Vinícius Moreira Lima e Fábio Roberto Rodrigues Belo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e o vídeo do Ghiraldelli são longos).

http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-24302017000100008
e
https://www.youtube.com/watch?v=95VwIlJP7j4

Tempo de engorda

     Muitos dos comentários expressam a opinião de que os canais de esquerda tem que se unir, como se estes canais não fossem apenas uma pseudo esquerda, gente que não quer derrubar o bostaneiro, gente que quer empurrar a situação (e as mortes), apascentar os gados até as eleições de 2022 para poder continuar a ganhar as verbas do partido que os sustentam.
     Por muito tempo defendi na minha cabeça que o PT era, não inocente, mas que pagar os partidos do centrão era uma necessidade pragmática da política, como é no mundo inteiro, hoje vejo que não se pode ser leniente com desonestidades, seja com o corrupto ou com o corruptor. Nada justifica o sacrifício da ética. Lendo os comentários, começo a pensar que já não há esquerdas dignas desse conceito, esqueceram a própria história e só querem se dar bem.
     Tirar o bostaneiro é vital, mas o que colocar no lugar se são todos farinha do mesmo saco, se as esquerdas deixaram de lado seus ideais e são apenas liberais disfarçados por siglas. Lembro quando o PT surgiu, tinha participação popular, associações de bairro, Comunidades Eclesiais de Base, estudantes, professores do ensino médio e do superior. Hoje são, quase todos, políticos profissionais e suas famílias, e a democracia interna deu lugar aos gados berrando chamadas de ordem. Muito triste.

     O professor Ghiraldelli é o único que levanta estas e outras questões fundamentais que para alguns de vocês (e até para ele) seriam secundárias em relação à retirada do bostaneiro. O fato evidente é que se não nos educarmos este sonho não vai se realizar e quando este vírus bostanaro for superado, se não nos vacinamos contra uma recaída através da consciência política, virá outro vírus semelhante para nos matar. Política deveria ser, também, prevenção. Imunização.

     O professor Ghiraldelli é um professor e pensa como tal, acredita que pode dividir um pouco do que aprendeu se a pessoa não for muito burra, teimosa, orgulhosa, prepotente, contestadora e ficar o tempo suficiente na aula, mas mais do que tudo, na minha opinião, é que a pessoa tem que querer aprender com os melhores, "apesar de".

      O ensino pela rede é, aparentemente, muuuito fácil, faço meus horários, não pego trânsito, assisto a mesma aula, diversas vezes, e acabo não me esforçando é tudo muito liso, não exige esforço e me permite ser mimizento porque não há comprometimento e sem comprometimento, lamento Professor Ghiraldelli, o seu esforço está fadado ao fracasso.

      Veja os comentários que o atacam, pessoas sem timo, sem força, sem esforço, sem vontade, mimizentos, identitários, classe média, pseudo esquerdas pensando que tirar o bostaneiro é só mais um entretenimento nesta era do espetáculo passa-tempo.

      Esquerda triste, gado de engorda. O gado da direita, pelo menos, não dá pena de abater.


 Comentário aos comentários do vídeo de Paulo Ghiraldelli:

https://www.youtube.com/watch?v=tvecInOiWcE



Wednesday, July 22, 2020

Mais um PROFESSOR DE HISTÓRIA SÉRIO fala sobre Ghiraldelli

Sobre um vídeo de testemunho em favor de Ghiraldelli.

Vídeo abaixo.

Contra a campanha de difamação que está sendo difundida por canais da esquerda cirandeira, o testemunho de pessoas que conhecem, confiam e entendem a metodologia de narrativas, usada pelo filósofo e professor.

Sem o Ghiraldelli a esquerda cirandeira está livre para domar os gados que assistem aos seus canais de propaganda partidária e que servem ao amansamento e aquietação dos seus rebanhos com gritos de ordem.

Sem o estudo sério e constante não há como pensarmos fora da caixinha neoliberal em que estamos presos. O papel do canal é nos educar para as batalhas diárias na busca de uma maior consciência política nos informando das questões atuais da filosofia política e das narrativas mais pertinentes que
desvelam as armadilhas e revelam o nosso papel neste mundo do Capitalismo Financeiro em que não é a mercadoria que gera dinheiro, mas o dinheiro gera mais dinheiro de maneira, aparentemente, "mágica".

A esquerda já não se diferencia da direita nas suas práticas e, agora, nos seus objetivos políticos, precisamos urgentemente redemocratizar os partidos, expulsar os propagandistas que vivem às custas destes ou criar uma esquerda nova que combata o parasitismo, o identitarismo e a mediocracia liberal que está travando e corrompendo as esquerdas.

https://www.youtube.com/watch?v=VKWoPMHmv9M

Tuesday, July 21, 2020

"O que é que há, velhinho?"

Comentário ao vídeo dos Galãs Feios, link no final do texto.

Talvez, nestes tempos bostaneiros, ser uma voz radical de esquerda que quer algo novo, que quer uma democracia participativa em vez de uma em que somos mal representados, que quer que as pessoas estudem e não sejam gados de líderes políticos, mas, sim, cidadãos pensantes e questionadores do sistema seja mesmo coisa de velho "procurando problemas" como disseram em outro comentário.

Pode ser que o Ghiraldelli seja um representante do "mito do idoso sábio", mas eu também sou velho (23 a mais que o Bezzi) e estou cansado dessa esquerda cirandeira, mimizenta, dessa juventude obsolescente programada lacradora e politicamente idiota que já esta velha com vinte e cinco anos. O Ghiraldelli pelo menos tem 63 e eu ainda o considero jovem, pois ainda lamento o meu pai que morreu cedo, com 64.

Espero que o Bezzi, que reclama por ter 45 anos e já se considerar velho (quem o convenceu disso? O Mercado, que o precarizou? Que o considere ultrapassado?), viva mais que o meu pai para ver a bosta que vai ser esse país de liberais que se acham de esquerda só por estarem contra o desgovernante agora, daqui a vinte anos.

Ser oportunisticamente contra o desgovernante não é ser de esquerda, para ser de esquerda tem que ser radical, tem que questionar o sistema, não para contemporizar, mas para derrubar e mudar. É preciso estudar e aprender a pensar, é preciso conversar e comparar e querer mudar. Não há mais espaço para a social-democracia, não basta tornar o sistema suave, liso, ser PSDBosta não é, nem nunca foi, ser de esquerda, é só mais da laia da Tabatata e do Amoeda, da Piolho, do Bagulho e outros que querem se adaptar às novas regras e sobreviver neste Capitalismo Financeiro sem mudar nada.

O jornalismo, e o mundo midiático está sendo tomado por loirinhas de 20 e poucos anos, fabricadas por igrejas caça-vinténs, pseudo intelectuais de fachada, liberais fingindo ser de esquerda, banqueiros que ensinam a "esquerda" a investir no mercado financeiro para se integrarem mais facilmente no liberalismo, YouTubers eternamente juvenis, qualquer um que tenha mais de um milhão de "inscritos" e que compactuem com as empresas donas das redes sociais, mesmo que seja um sem-vergonha burraldo, mas esperto.

A entrevista com o Galo foi interessante, pois as colocações dele ressoam com a minha maneira de ver o mundo, com o que fiz da minha vida, com meus ideais quando era jovem e que continuam até hoje, perto dos 60, com a maneira que o Ghiraldelli nos ensina a pensar, a ter confiança em nós mesmos, na educação que recebemos, na capacidade de pensar criticamente, e mesmo quando fomos de classe média, mas já estamos banguelas, continuarmos sorrindo por debaixo da máscara cirúrgica.

Este é um teste para os Galãs, no caso de eles ou alguém ler.

www.youtube.com/watch?v=gdNCn9cE2Wk

Monday, July 20, 2020

A esquerda cirandeira.

Comentário sobre o vídeo do professor Paulo Ghiraldelli 

https://www.youtube.com/watch?v=9dcI-uokipo   


     Falta cultura geral, falta assistir o cinema italiano dos anos 50, 60 em diante. Imagino o nojinho destes idiotas assistindo às comédias italianas da época. É gente que só assiste séries politicamente idiotas na Netflix.

      Essa esquerda cirandeira e lacradora acusa os americanos de imperialistas, não reconhece a contribuição da esquerda americana, mas tira todo o discurso politicamente correto dos liberais de lá.

      Falta conhecimento e isso leva a uma incoerência no discurso.

      É o que o senhor fala sobre o identitarismo. Essa esquerda não pensa mais em luta de classes, exploração do trabalho, mercado, é tudo sobre pautas identitárias, sexismo, racismo, feminismo, idade, gênero, orientação sexual, religião, classe social, etnia, língua, nacionalidade, etc. É tudo sobre preconceito.

      Me parece que seja diferente das lutas de grupos sobre temas e problemas pragmáticos, como o dos entregadores de APPs, luta por água, esgoto, pela tarifa de ônibus, pelo preço do ensino particular, etc. que são lutas sociais pontuais fluidas e independentes de identitarismo.

      Identitarismo é só sobre preconceito?

      Como se lacrando, escondendo preconceitos as pessoas deixassem de ser preconceituosas?

      Como se isso fosse resolver problemas práticos da luta de classes? A eleição do bostaneiro desgovernante é a maior prova de que desejos sublimados artificialmente voltam à tona de forma violenta.


 

O culto satanista da morte.

Quando o bostanarismo apareceu
como uma opção provável de tomada de poder,
uma das coisas que pensei, e publiquei no Facebook
era a semelhança com o culto de Jim Jones

Esse é o resultado da ligação do bostaneiro com
as igrejas evangélicas caça-vintém, uma amálgama de religião
em que tudo é magia, é feitiçaria,
é o fetichismo aplicado aos objetos da vida cotidiana
vistos como objetos com tendo poderes mágicos,
seja o feijão do pastor de chapéu ou a lama do Jordão da IURD e outras.

Os evangélicos do Brasil estão transformando
o cristianismo em uma religião pagã de magos e feiticeiras.

É o que no passado era visto como Satanismo.

Friday, September 13, 2019

"Arbeit macht frei" é o catzo.

Comentário ao artigo de Ghiraldelli:

FALTA DE ESMERO ATINGE ATORES DA GLOBO

Professor, eu diria que há duas coisas que me vem à mente a partir do seu video, mas não tenho certeza de que sejam realmente duas ou só duas.

1) Minha mãe, nos seus últimos anos, deixou de assistir novelas e passava o dia vendo telejornais. Acordava as seis e uma vez esperou até as sete e meia para me acordar e contar , excitadíssima, sobre o Tsunami no Japão.
O que quero dizer com isso? Teria que fazer um texto maior do que este já é para argumentar contra assistir novelas pois já conheço os seus em favor de assisti-las. (Quem sabe num futuro comentário?).

2) O processo neoliberal que, sei agora, pelo senhor, vem se desenvolvendo nos últimos 40 anos é também responsável (teoria minha, sem comprovação) pela falta de engajamento das pessoas, seja no trabalho, nos estudos, nos relacionamentos, na política, na vida.
Me parece óbvio que o empreendedorismo "coacheado"pelos neoliberais não pode ter só histórias de sucesso. Na verdade as histórias de fracasso são mais numerosas mas descartadas como parte do aprendizado para o sucesso vindouro, no próximo empreendimento, ou no seguinte, ou no seguinte, ou no próximo...

3a) Me parece razoável imaginar que na nossa sociedade onde o discurso neoliberal de que os direitos trabalhistas são os culpados por todos os problemas das empresas (os próprios trabalhadores pensam assim) e do país e em que o PT, como Partido dos Trabalhadores, é o principal culpado pois seus governos teriam minado a saúde das empresas com o excesso de proteção ao trabalhador (e aos Direitos Humanos) e com perseguição aos empresários, "heróis criadores de empregos", pai-patrão-pai-protetor-pai, tenham se desenvolvido alguns "maneirismos" como esta "falta de engajamento", de "esmero", de "orgulho de classe" (um Displacement - deslocamento?).

3b) Esse deslocamento do trabalhador que não se vê mais como trabalhador (ou como classe) mas como trabalhador-que-vai-virar-patrão-e-ser-bem-sucedido-e-rico-e-herói-e-bambambam-é-só-esperar-para-ver criou o trabalhador-que-não-é.

4) Eu esperava, imaginava, espero, imagino que numa sociedade em que os trabalhadores perderam seus direitos, o engajamento seria/seja muito baixo mas por motivos diferentes do que os citados acima.
Imaginava uma volta aos princípios da industrialização em que a sabotagem era a arma possível de luta dentro da fábrica mas o sr. me ensinou que o Capitalismo não volta atrás, como o tempo, ele corre para a frente e nós em seu encalço. Não estamos mais no Capitalismo Fordista mas no Financeiro
Então :

5) 40 anos de desenvolvimento lento e seguro do neoliberalismo destruiu a ideologia do trabalho que norteava os trabalhadores, (re)afirmava o orgulho de classe, o orgulho competitivo da guerra fria, pela pujança, pela qualidade, pela quantidade da produção, da riqueza, da alegria (ou felicidade), do Wellfare.

6a) Minha avó tinha uns acessórios de cozinha com frases, em alemão, do tipo "Este é um lar", e outros ditados alemães que diziam do orgulho do trabalho, do trabalho bem feito, e que foi inculcado nos imigrantes em contraposição aos ditados racistas contra negros ex-escravos que seriam preguiçosos e vagabundos e não possuiriam uma ética do trabalho.

6b) Muito jovem descobri o "Arbeit macht frei" e se desvelou para mim que toda aquela dita ética do trabalho era uma forma de dominação que tinha por objetivo aumentar a produtividade e diminuir as reclamações. O trabalho não apenas te libertaria mas também te engrandeceria.

6c)Até hoje, aqui no sul, o que mais reclamam os descendentes dos imigrantes é que os novos trabalhadores braçais, "camaradas" (com salários e parte da produção e moradia), por culpa do PT e do Bolsa Família, seriam vagabundos preguiçosos que só vão ocupar seu terreno e não sairão jamais pois se forem despedidos vão entrar na Justiça para conseguir extorquir dos "heróis que lhes deram emprego" até o último centavo ao acusá-los de exploração de trabalho escravo.

Conclusão?

A degeneração da "Ética do Trabalho", criou uma força de trabalho que não tem mais "orgulho" do que produz, não sonha em se realizar no trabalho, sonha apenas com o dinheiro para poder consumir e sonha, acima de tudo, ganhar por consumir como os criadores de moda, de tendências.

Me parece óbvio que, se todos formos criadores de tendências, não teremos quem nos siga.

Sunday, September 08, 2019

As corujas. Uccellaci e Uccellini

Reflexão sobre artigo de Ghiraldelli


As corujas. Uccellaci e Uccellini

Pasolini o cineasta filósofo. Sugiro assistirmos todos os seus filmes como uma trilha gospell para nossos tempos de repetição como farsa.

Sei que a coruja alça voo ao anoitecer e que partidários são, muitas das vezes, teoristas da conspiração e embora eu tenha tido minhas teorias conspiratórias estou analisando-as e expurgando as que não se coadunam com a "realidade"(Occam).

Não era PeTista e acho que ainda não sou, meu coração sofre pela Ecologia, estou PeTista porque tive a "certeza" (pelos sinais e rugas na face macilenta e cadavérica da Justiça, o óbvio partidarismo e classismo) de que a Justiça no Brasil havia perdido a confiabilidade e o direito ao respeito e, a partir dessa certeza, tudo que ela produzisse deveria ser questionado e objeto de dúvida.

A Filo depende, como dito várias vezes neste espaço, da crítica a posteriori e o funcionamento das instituições, democráticas e republicanas, depende da nossa fé, como povo, de que elas são justas e isentas de interesses (pelo menos para mim).

Acho também que o Capitalismo molda a forma da democracia. É uma força autônoma (?) e automática (?) que dirige o interesse dos homens, social e politicamente e que a luta de classes existe e se justifica então, devemos ser vigilantes e questionar seus fluxos e marés.

Tenho a convicção pessoal (ironizando a mim mesmo e me remetendo ao título do video), "conhecendo" Lula como parte constituinte de minha própria história, tendo convivido com a sua figura política, por fatos representativos de sua biografia, que divide características com as da minha própria família e história, de pai metalúrgico, de crescer periferia, de ser migrante, dos valores de honestidade aprendida em casa, pela educação que dividimos além das figuras que influenciaram sua vida, pelas pessoas que admiro e que foram/são seus amigos, pelas pessoas que conheci, religiosos e intelectuais que ajudaram a criar o PT e o educaram e com quem ele aprendeu muito, e até pelas pessoas de quem Lula foi amigo ou respeitou apesar de seus "defeitos" o que demonstra, não que ele prioriza seus interesses mas que, ele como o Filósofo, não se baseia em preconceitos, não julga sem provas, a priori, espera pela conhecimento, pela convivência pessoal, para formar suas decisões.

Não confio na Justiça brasileira e, pelos motivos acima, jamais perdi a confiança no Lula.

A coruja da Filosofia alça voo ao escurecer, o que é louvável mas, como tive a experiência pessoal ao correr no CRUSP à noite, às vezes ela erra seu alvo e vezes sem conta fui atacado pelas mascotes da FFLCH e sofri o susto de algo me puxando o cabelo. Aparentemente, a coruja ataca apenas o que se move independentemente do que vê, ou que se recusa a ver.

Saturday, September 07, 2019

Ah! A japonesa moura e loira.

Sobre um artigo de Ghiraldelli no YouTube.


"A japonesa loura, a nordestina moura de São Paulo
Gatinhas punks, um jeito yankee de São Paulo"

Depois da minha primeira ida à Europa (89) voltei ao Brasil e "descobri" (que amava) a diversidade da miscigenação brasileira.

Lá encontrei mulheres alemãs, francesas, belgas, algumas africanas, mas as espanholas, mais diversas, e árabes (!) eram as mais bonitas (achei), japonesas, śo as turistas do Japão (com a honorável exceção da minha amiga mestiça de japonesa que fui visitar) mas eram mulheres de povos com pouca miscigenação, todas "parecidas" dentro de suas origens culturais, mulheres que se vestiam profissionalmente e seguiam uma "moda" padronizada, seguindo o estilo predominante em seu país.

Ao voltar ao Brasil e a Sampa, pegar o ônibus, ao andar pelas ruas, ao reencontrar as amigas foi que percebi como e porquê a diversidade da miscigenação brasileira nos torna um povo tão "bonito" e porquê os estrangeiros que aqui vem se apaixonam.

Posso falar de carteirinha pois venho de uma linhagem de poloneses alemães, sem misturas e sem graça, de várias gerações.

Tuesday, September 03, 2019

Voltando de volta again mais uma vez mas um pouco diferente

Comentário ao video:

Bolsonaro quer você de verde amarelo no 7 de Setembro!




Estamos num looping? Numa espiral histórica? Estamos nos afastando da história e entrando numa nova pré-história, cantada em murmúrios e tatibitate, em que se perdeu a capacidade de registro escrito e de entendimento.

A história se repete como farsa de si mesma, o Capitalismo evolui do modo de produção feudal para a industrialização, para a financeirização, então os trabalhadores descartados das indústrias perdem os direitos conquistados mas não recuperam o trabalho com vínculo estável, se tornam bio trabalhadores - numa analogia com a escravidão ou suserania/vassalagem - e acabam voltando às condições de produção pré-industriais numa nova feudalização, sobrevivendo de escambo, alijados do mercado globalizado e hegemônico tendo de re-construir/re-produzir o Capitalismo ou alguma Utopia, se quiserem sobreviver.

Monday, September 02, 2019

The Orville

Comentário a:

NOSSO FUTURO ESTÁ REALMENTE JÁ TRAÇADO?

De Paulo Ghiraldelli



Há um começo de reação contra esse discurso do fim das Utopias e há um público para ele.

Um seriado americano de Ficção Científica está apostando numa visão de futuro utópica baseada na serie original de "Star Trek", de Gene Roddenberry, e se chama "The Orville" e é produzido por Seth McFarlane.

A resposta do público foi muito positiva e agregou muitos fãs da antiga série que desejavam continuar a ter esperança num futuro melhor.

Interessantemente, a série estreou ao mesmo tempo e se revelou como um contraponto à visão sobre o futuro distópico da última encarnação da série "Star Trek" chamada "Discovery".

Não sei até que ponto essa mudança de paradigma é efetiva ou se vai continuar na série, agora que a produtora foi adquirida pela Disney, mas, me parece, pelo acordo que foi negociado por McFarlane, que ele tem completa liberdade criativa (enquanto gerar money, é claro!).

Resta saber se o produto vai ter sucesso e vai continuar sendo produzido por tempo suficiente e influenciar a cultura Pop de uma forma parecida com que a série original influenciou a minha geração.

Se der dinheiro pode ser o início de outras séries que recuperem essa visão utópica e positiva que veio do "welfare state" dos anos 60.

Saturday, August 24, 2019

Derivações

Apresentação.

Não há aqui  uma questão então não há, sequer, a necessidade de ler (mas) é um exercício especulativo, uma tentativa de clarificação, tentativa de cristalização de um modo de pensar que pode estar certo (?), errado (?) ou ser apenas uma perda de tempo sua e minha. Se for uma perda de tempo, diga e vou testar outros estratégias.
Introdução.

Professor Ghiraldelli, não nego ou duvido de suas explicações sobre as Teorias de Conspiração, sobre sua gênese, psicologia etc. (aceito como verdade absoluta), é que tenho uma tendência de tentar chegar a um meio termo entre as visões azul e/ou amarela e refletir mais em termos de verde claro e suas gamas até o verde escuro e se possível trazer, também, o magenta para a conversa.
Neste caso, acho que estou tentando "defentender", os que tem esta tendência ao pensamento conspiratório, encontrando uma explicação logicista sútil para o erro que não seja "apenas" a DCP. aquilo que, uma professora uma vez nos explicou, seria a diferença entre a ignorância (mesmo que programada) e a burrice.

Exposição.

O artigo do link abaixo (do NYT) possibilitou-me uma certa reflexão.

A atuação dos irmãos Koch são o que os teoristas de conspirações tem como exemplo mais contundente para apoiar suas reivindicações conspiratórias e os irmãos se tornaram exemplos de atuação política também para outros grupos de interesse econômico envolvidos com o lobismo mundo afora. Suas influências na negação das teorias sobre aquecimento global (como sendo teorias conspiratórias, para muitos idiotas que negam os conhecimentos científicos) são poderosas e estão determinando o destino futuro da humanidade.
Neste caso, parece estar caracterizada a conspiração, pura e simples, pois os conspiradores são determinados (e suas táticas são de conhecimento geral) e não "forças ocultas" (embora possam parecer "ocultas" para os desinformados).

O que entendi de suas explicações sobre o assunto me levou à questão de que uma teoria é conspiratória apenas enquanto não são encontradas informações comprobatórias que as suportem.
O uso do artifício da Navalha de Occam é útil e determinante para se chegar o mais próximo possível da "verdade dos fatos" mas, por mais esdrúxula que seja a teoria da conspiração, uma "simples" ligação factual pode validar uma conspiração antes considerada apenas teórica.

Derivações.

O meu interesse, enquanto artista pensando meu Zeitgeist "filosoficamente", está na relação entre alguns conceitos:
True - Verdade Absoluta, verdade factual, objetiva (desideologizada?)
Fake - Falsidade, não como Mentira (absoluta), mas como má interpretação da informação que se contrapõe, ou sobrepõe, à ideia de que, como a Ideologia, é dependente da Verdade,
História - Como verdade factual (desde Heródoto) ou como Poética ou Literatura (desde Homero ou a autora original da Bíblia ou o autor do Gilgamesh) contrapondo aos "Fatos" as "Metáforas" das Notícias (News ou Fakenews).
A Bíblia, A Odisseia ou o Gilgamesh, nos aconselham, não deveriam ser lidos como relatos verdadeiros mas como narrativas mitológicas condensadas na forma escrita, cheias de metáforas e/ou fantasias mas, de tempos em tempos, alguns destes relatos demonstram ter um fundo de verdade (sei que preciso me aprofundar em Arqueologia, a ciência ou como em Foucault) como quando encontraram Troia.
As Fakenews nos trazem de volta a um "modelo de narrativa" que se assemelha (de algum modo) às ditas narrativas mitológicas (ou Poéticas/Literárias) da pré-história, pré-Heródoto.
Essas reflexões me fizeram pensar na possibilidade estranha e ainda não bem desenvolvida de que se substituirmos a leitura da História como "verdades factuais" pela leitura da História como poética e literatura, como coleção de metáforas que necessitam de um exercício constante de interpretação, isto romperia também com a noção de História com sentido temporal, evolutivo, sequencial e abriria a possibilidade de uma a-historiedade, voltando a uma "temporalidade bíblica", "circular" e "repetitiva" em que o tempo não tem mais um sentido mas varia conforme todas as possibilidades de narrativas e todas teriam um sentido de Fábula Metafóricas, com verdades morais e não factuais.
A aceitação das Fakenews e o fim, literal, do conceito de Historia e de Tempo poderia romper com a ideia de evolução, de Trabalho, de Capital etc, e tal.

Sobre o artigo que me levou a este texto:

https://www.nytimes.com/2019/08/23/opinion/sunday/david-koch-climate-change.html?nl=todaysheadlines&emc=edit_th_190824?campaign_id=2&instance_id=11597&segment_id=16450&user_id=3e54bee7ae658ac85f9e29bfe78c977a&regi_id=379165520824
Me desculpe pelo incômodo da viagem na "Maionaise" mas parece que o pensar solitudinário leva a muita besteira Olaviana e o senhor me parece honesto o bastante para me aconselhar a mudar ou desistir.
Obrigado e me desculpe pela possível/provável perda de seu tempo.

Osni Winkelmann